domingo, 7 de junho de 2009

Calma... Ganhei esse conto! Presente de outra epoca.

"Escritora", se somos, nova... e unica!

Obrigado amor!


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O sol estava alto o dia lindo o céu azul, mas estava frio e ela continua de moleton. O Frio é bom quando se esta acompanhado, o frio é bom quando se esta só, o frio é bom te faz pensar...

“Tudo depende do ponto de vista” dizia alguém, no dela não sabia como agir, só se deixava levar como uma folha seca na brisa agradável em uma tarde de primavera.

Ás vezes um momento, um breve acontecimento que dura segundos é mais do que

suficiente para ser lembrado por uma vida inteira.

E ele estava lá impotente, sujo, perdera todo aquele ar de felino dominante e em seu lugar surgia um filhote carente e indefeso. Tão rápido, tudo tão rápido e embora se fizesse de forte a dor não o deixava em paz. Percebera ali que talvez não fosse imortal como pensava mas não mostrara a ninguém.

Ele voltaria, o tigre voltaria...

Há cheiro que traz lembrança, memórias esquecidas, amores antigos, afetos, desafetos, inúmeras sensações, mas aquele olhar, aquele corpo de quem era? O corpo parece ter uma intimidade maior do que a própria mente conhecia.

Saudade estranha o corpo deseja, o coração quer e o cérebro não entende. Mas entender para que?

Estava ai um novo desafio, diferente por si só e era o que mais chamava a atenção dela, queria domá-lo.

O tempo passa, tudo diz, tudo muda, tudo resolve mas o dia continua frio e ela de moleton. E de uma coisa ela sabia.

Ele era dela.


Ford Edge

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Acidente?

Ia buscar alguem.
Se arrumou, escolheu com esmero as roupas. Pensou q se fosse com a jaqueta de couro iria fazer um sucesso a mais. Sorriu. Tomou banho, fez a barba, escovou os dentes. Pensou no que deveria comprar. Se enxugando saiu do banheiro nu, estava sozinho. Colocou a calça, botas de couro e escolheu uma camisa qualquer... A jaqueta estava esperando dentro do armário, porem decidiu fechar a janela do quarto antes de pega-la... três passos e estava com a cabeça úmida do lado de fora da janela. O sol ia alto... decidiu... entaum.. iria do jeito q do diabo gosta!
Se pudesse ia pelado.
Sorriu com um brilho quase maléfico no olhar. Fechou a janela. Eh hoje! Todo o futuro que havia escolhido tem inicio hoje! Desceu correndo as escadas, olhou pro computador e acou melhor mante-lo ligado pra que assim continuasse um download qualquer. Fechou aporta. E montou na moto. Tigresa.
Poucas ruas e avenidas o separavam da Marginal. Pinheiros. Poucos carros. O motor da Tigresa rugiu e a velocidade máxima que seus cilindros podiam produzir era pouco para aquele que a montava e tinha o diabo no corpo. Rasgava o transito, cortava aqui e ali e pensava nela. Sorriso lindo. Motos maiores a sua frente eram deixadas pra trás. Queria chegar rápido, vê-la rápido... sabe-la... Falta pouco agora. Menos de dois quilômetros.
Mantinha-se a algum tempo sobre a faixa, a moto urava, a alma em paz em velocidade extrema... Um corsa...
Preto... sem seta...
O volante gira para a direita. Duas rodas de motos travadas soltando fumaça e aguarrando o asfalto como se desse ato dependesse uma vida... Dependia.
Para-choque traseiro encosta levemente no para-lama dianteiro da moto. Muito leve... Muito sutil... A moto desequilibra com as rodas travadas... Tomba como um velho guerreiro tomba no campo de batalha... o som seco dos joelhos do guerreiro ao chão lavado de sangue... o som metálico do corpo valente da moto ao asfalto fumegante... silencio...
Metal contra o asfalto em alta velocidade.. faíscas e labaredas.. a moto so parou quatro faixas depois... em uma paz quase mórbida... uma moto feita pra ficar sobre duas rodas.. tombada sobre o próprio corpo... triste.
A moto porem foi somente um dos corpos q caíram... A queda se deu ao piloto sem jaqueta como o diabo quis. A moto tombou. E o corpo humano, tão humano foi ao chão! Foi ao asfalto fumegante.... e o atravessou!
Saltou com toda força do lado contrario ao asfalto. Saltou em um campo de trigo. Alcançou dois metros e veio ao chão... caiu de costas e quase sem dor. O trigo estava em ponto de colheita e quase o cobria enquanto estava sentado tentando entender oque havia acontecido. Teveria ter morrido.
Não morreu! Estava se levantando em um campo de trigo enquanto um cheiro familiar lhe invadia as narinas... selvagem... de outra era... época... belo...
O trigo a sua frente se movimentava. Algo avançava em sua direção e dali vinha o cheiro selvagem e familiar.
Foi então que do trigo saiu o belo crânio felino de tigre. Em movimentos leves , quase rítmicos, o corpo se expôs também para cruzar a pequena distancia q separava o imenso felino do homem. Pata após pata caminhou ate os pés do moreno que havia mergulhado no asfalto e saltado no trigo. O animal encarou respeitosamente o homem q esta em pe. E então o homem compreendeu o seu passado e seu porvir. Entendeu que o estava diante do Tigre q habitava seu peito e este lhe mostrou seu passado e seu futuro, fruto de suas escolhas. E entendeu que estava no caminho certo. Estendeu a mao direita e respeitosamente acariciou as orelhas do tigre. Sorriu. O tigre abaixou a cabeça e encolheu o corpo. Saltou sobre o homem e cravou suas imensas presas em seu ombro esquedo... O homem fechou os olhos.
Tudo rodava, ele rodava, o capacete raspava o asfalto, ele tentava parar de girar, tentava reassumir o controle, rodou mais uma vez, dessa vez eu consigo.. pensou... rodou denovo.... e paro. Quase em pe. Deu um tapa no chão com a mao direita pra se reerguer um novo homem! Correu em direção ao acostamento para não ser atropelado..mulheres paravam para ajuda-lo... Sentou na mureta da pista. Os carros paravam para ver o acidente. Naum conseguia respirar.. colocou as mãos no capacete... ou ao menos assim desejou.. pois so a mao direita subiu.. a mao esquerda naum respondia.
Havia quebrado a cravicula esquerda. Uma cravicula.. por um novo homem??
Foi barato!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Na Estrada

A moto rasgava o asfalto. O enorme motor rugia no deserto que era cortado por uma larga via expressa. Quatro cilindro em vê empurravam a moto e o corpo do moreno de semblante confuso. O Tigre dentro dele estava inquieto. Arrava as paredes internas do peito, mordia e rugia! Mil pensamentos, mil sensações. Ele não sabia oque sentir. Sabia q queria mas naum sabia se assim...

O sol estava alto e o asfalto fumegava, e ele imaginava um tigre correndo ao seu lado sendo seguido , ou caçado, por algo q naum conseguia identificar. Soltou a Mao esquerda do guidão e passou nos cabelos q se agitavam ao sabor do vento, tentava afastar a sensação; Enfiou a mao no bolso interno da jaqueta e tirou o cantil de whisky. Dois goles para ela poder chegar mais perto dele. O tigre abaixou a cabeça e curvou as orelhas dócil. Ela dançava em volta da fera presa no peito do homem, deixando-o assim confuso. A compreendia mas ainda desconfiava... instinto.. Era forte, pesado, agressor...! mas estava dócil feito um filhote bobo. A mulher dançava e serpenteava em volta do Tigre.

Em meio a bagunça o moreno entendeu quem perseguia o Tigre em sua imaginação. Era uma mulher. Uma mulher q naum conhecera. Que naum se entregara. Que naum amara... Mas Ela caçava o Tigre que havia dentro dele.

A viu uma única vez, talvez dois ou trez segundos, enquanto fugia da policia ou algo assim. Ela estava La. Na janela de sua casa em um dia chuvoso. O cômodo podia ser uma biblioteca ou algo q o valha, ela segurava uma xicara de algo quente q fumegava, sentada ao batente da janela com o corpo encostado em um lado e um dos pés de allstar apoiado em no outro. Usava camisola e o olhar perdido no tempo... Foi entaum que trocaram um olhar. Ela o viu rasgando a rua e a chuva, e ele a viu plácida em sua janela contemplando a vida.

A inquietude era ainda maior do que a velocidade em q estava. A imaginava em diversas situações em sua vida. A queria como naum quis outra, mas queria caça-la, queria conquista-la. Naum sabia entender o contrario. Nem ao menos sabia o nome dela. Mas um laço havia sido firmado naquela tarde chuvosa. O Tigre a queria... E sabia q era querido. A expressão do moreno ficou mais tênue ao imaginar... Imagina-la em seus braços, em seus sorrisos, em seu destino. Rolavam na grama! Beijos, língua, respiração ofegante! Ele a modia e lambia. Ela o olhava com devoção e desejo, as ulhas delas rasgavam suas costas com uma mistura de dor e prazer... estava no lugar certo! Havia encontrado! Mordia! Pele, unhas e cheiro. Ardiam em desejo. Deserto. A boca dela selava a dele como havia feito a séculos. A língua passeava pelos lábios dele procurando a eternidade perdida e reencontrada ali, na grama. As mãos dele reconheciam o corpo de outrora. Mesmo toque,mesmo sabor, mesmo amor.

Voltou.

Abriu os olhos e o deserto a frente. Ela ainda naum estava na moto mas estaria em breve! Freou fazendo uma manobra agressiva que deixou marcas escuras de pneus no asfalto. Voltaria para busca-la! Seria dela! O Tigre já era pois em sua imaginação o tigre agora corria a seu lado com uma bela forma feminina em seu dorso. Caçariam juntos.

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longe dali, em uma cidadezinha do interior. Uma bela mulher se pegou olhando fixamente para a foto de um tigre q estampava uma revista. Ele voltaria.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Entre Os Mortos


O Tempo era de paz naquelas terras distantes, o rei mantinha todo seu exército de cavalheiros em serviços de guarda e patrulha no reino. Com Ele não foi diferente, o cemitério da cidade fora reservado pra a proteção de sua espada.

A meses ele patrulhava as tumbas, assistia os funerais, via a dor das viúvas, via a vida se esvair.

Há meses a vida se esvai dele. Os afazeres do Cemitério roubavam-lhe a vida, a paixão e a emoção. O olhar do Jovem Cavalheiro se acinzentava conforme o tempo se passava. Os músculos sumiam e o guerreiro minguava em uma nuvem de sofrimentos alheios aos quais nada podia fazer.

Dispensava sorrisos somente ao tratar Tigresa. Sua égua de batalha fogosa e dócil, um corcel formidável, mas que também sofria o peso do cenário funebre de tumbas e caixões. Mas Tigresa mantinha a lúcida a alma do cavalheiro, assim como ele a dela. Tigresa ficava em um pequeno estábulo improvisado no terreno do cemitério. E ali Ele descansava.

Então um grito de mulher rasgou a noite e o acordou do breve descanso que o trabalho de vigia permitia, foi então que ele viu a mais bela figura feminina atravessar os portões do cemitério. Corria como se a vida dela dependesse disso. E realmente dependia. Um malfeitor corria atrás dela com uma adaga em punho, ele tinha uma aparência transtornada acentuada pela barba e a grande cabeleira mal cuidada.

O fogo tomou conta do Cavalheiro. Atirou-se para fora do pequeno estábulo sem armadura, sem escudo, somente com a espada. Entrou no caminho do malfeitor e ordenou-lhe retorno. Os olhos do cavalheiro estavam em brasa. E cada músculo de seu corpo estava rígido, ressaltando cicatrizes e marcas de batalhas anteriores, a maquina de guerra havia ressurgido das cinzas dos muitos mortos que ele virá ali.

O malfeitor cerca de dois palmos mais alto que o cavalheiro, no entanto, não quis arriscar seu pescoço e correu, abandonando assim a presa e o cemitério para trás.

O cavalheiro abaixou a espada, sentindo o coração bater forte.

Girou sobre os calcanhares para poder vislumbrar a Perfeição... A perfeição em forma de Mulher. Linda, de cabelos curtos, olhos castanhos e vibrantes e um sorriso maravilhoso.

Seria alguma peça de um Deus brincalhão?

E ele sentiu o fogo da batalha recém despertada se transformar em outro tipo de fogo. Um fogo mais intenso, mais puro, mais sublime. As pernas estremeceram, a alma se viu refletida

naqueles olhos castanhos.

Ela chorava e quase sorria de um jeito estranho. Parecia confusa. Tentava agradecer

e ele nada ouvia. Ele estava completamente mergulhado em suas emoções e naquela visão maravilhosa. E mesmo que ele quisesse, não havia palavras pra definir a mulher que via e nem o que nele havia despertado.

Das brasas de fúria, seus olhos passaram a emanar luz e brilho.

O cavalheiro ainda não sabia, mas ele havia se perdido ali, e ele agradeceria aos deuses todos os dias.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Um Tigre na Estrada...

E foi entaum que o tigre dentro dele gritou! Urrou! Rugiu! Raiva! Medo! Aflição!

Ele queria fugir!

E Fugiu..

Um ônibus, uma cidade, os cabelos cresceram, o moicano se desfez e o cabelo escorrido tomou conta. Garrafas, farras, mulheres, sangue, brigas, motos, velocidade... A nova cidade se fez pequena para aquele que tinha o diabo dentro de si! O Tigre tatuado nas costas urrava! Ele sentia-se preso.. e naum preso a pigmentação da pele.. mas preso em um mundo de mentiras e de tentativas em vão... queria voltar.. O tigre Urrava..

Mas voltar para onde... A moto por mais rapido que corresse não levava o moreno de cabelos esvoaçantes aonde ele queria.. ele nem ao menos sabia aonde queria ir... E naum saber era terrivel...

Nasceu pronto para tudo... mas Amar... Ele era um corpo.. uma explosão.. um grito... uma ofensa... uma briga... uma bebida forte...

Ele amava.. mas não da maneira como as pessoas esperam ser amadas... ele amou de maneira diferente... Inconstante... Intensa.... e.... Impulsivamente...

Mas...

Uma moto.. Uma estrada... e muitos kilomentros para acalmar o Tigre!

sexta-feira, 8 de junho de 2007

No olho do Furacão

O garotinho loiro de cabelos desgrenhados gostava defazer o caminho mais longo na volta da escola, só para poder ver... Ele em vez de vir pelo centro da pequena cidade interiorana, ele se dava o trabalho de contornar a cidade pelo lado norte, aonde podia passar algumas horas olhando e tentando entender. Os professores não explicavam, os pais muito menos. A explicação mais freqüente era que um dia não estava ali, havia apenas fazendas e gado, no outro havia aquele rebuliço, aquele tubo de vento e areia q tocava o solo e o céu, que relampeava dentro e fora, que fazia um barulho ensurdecedor, que fez por outra sugava objetos de um horizonte distante para seu interior.

Fazia quatro décadas que um enorme furação se formara naquela região arida. Se formara e naum se desvisera. E mais, se mantinha rodando ,em sua fúria devastadora, no mesmo eixo, sem se mover um centimento. Quadro décadas que esse mosntro vive.

Mas foi neste dia de sol impiedoso como o do deserto que o garoto, que tinha seus cabelos cor de ouro bagunçados pelo vento, viu uma figura diferente, mais, naquela imensa planície q vivia o monstro. Uma figura rasgava o chão árido em alta velocidade correndo em quatro patas em direção ao furação, corria como se corresse de algo q o mataria, corria com paixão. O garoto, intrigado, esfregou os olhos para perceber que não se tratava de um enorme lobo, ou mesmo um grande felino, mas sim de um homem.. Um homem correndo em quatro patas a uma velocidade absurda. A poeira saia de suas patas a uma altura de cinco metros.

A figura, com saltos ágeis, desviou de uma ou duas pedras e de um carro de passeio, que fora arremessado de dentro do gigante na direção do homem que corria. Este, como se fosse rotineiro o evento, saltou em direção ao carro ainda no ar, apoiando em suas patas traseiras em uma das portas do carro e em um novo impulso, saltou mais alto! O corpo ao ar, o carro ao chão formando uma expressiva cratera. A figura tocou o chão e voltou a correr. Ele corria para o Olho do Furacão.

O garoto sentado na pedra, apreensivo apertou o caderno contra as pernas, ao ver que aquele ser que corria não sobreviveria ao carro que fora arremessado contra ele. Mas o garoto relaxou ao ver a manobra e perceber que aquele ser não morreria ali. Não morreria!

Mais alguns metros em direção ao monstro, mais velocidade. Então um salto. Um salto gigantesco, um salto apaixonado, um salto de uma vida.

O garoto de longe viu o homem que corria sobre quatro patas sumir na confusão de ventos dilacerantes e de areia... Então ele esperou.

Com a destreza de um tigre o homem atravessou a parede densa do monstro, pousou no olho do furacão. Agachado, seus sentidos relaxaram, tinha uma certa paz ali, quase um silencio em comparação com o alvoroço do lado de fora. Levantou-se, farejou o ar e nada sentiu, bateu as mãos nas roupas para tirar o excesso de poeira e então esperou.

As paredes internas do monstro giravam incançavelmente, agressivamente belas, uma beleza mortal girava em torno do homem em roupas de couro. Seu instinto se aguçou mais uma vez e ele soube para onde olhar. Olhou na parede norte aonde lentamente foi se abrindo um buraco naquele imenso corpo de vento, pedras e areia. E uma forma feminina, envolta em véus azuis celestes levitava por dentre o buraco aberto, somente pela sua presença, e lentamente, olhos que beiravam o amarelo,cabelos encaracolados e rosto bem feito,contrastando com a velocidade infernal dos ventos que formavam a parede, pousou em frente ao homem.

O coração dele estava disparado, talvez o dela também, ele mal sentia as poderosas pernas,mas se atreveu a um sorriso. A mulher que usava véus azuis celestes e adornos em ouro retribuiu o sorriso. Eles relaxaram.

Então conversaram. Conversaram sobre muitas coisas, coisas que nem ao menos sabiam que podiam conversar, falaram coisas do céu e do inferno, coisas de vidas, coisas de almas, coisas magikas que o tempo não apagou.. e foi assim ele se sentiu. Mas ele demorou para perceber que não havia pronunciado uma unica palavra assim como ela não havia dito nada, somente se olhavam e entendiam as falas.. não eram corpos... eram mais que isso.

Foi então que o instinto felino dele saltou do mais profundo de seu peito e ele soube da onde viria o perigo, pode ver a sombra do enorme objeto que de alguma maneira estava vindo em direção a eles. A ela! Ele deu passos rápidos, passou a frente dela que também sentia o perigo, esbarrou o braço no ventre dela quanto a protegia, e tomou postura para mais um salto.Saltaria em direção ao enorme objeto que vinha rápido em sua direção, poderia morrer, mas desviaria o objeto da direção dela... Já havia morrido por ela.. Não seria a primeira vez!

O primeiro toque, depois de muito tempo, muitas vidas, não foi nada comparado com o segundo... Paz.. Magia.. Poder... Ela apoiou a Mao esquerda, ornada com um belo bracelete de ouro, em seu ombro. Não usou força, foi somente delicadeza, mas foi o suficiente para segurar o poderoso salto do Tigre...

Um enorme ônibus prata atravessou violentamente a parede de vento areia e pedras, arremessado a uma velocidade alucinante em direção ao olho do furacão. Era uma imensa massa de metal vindo ......... em direção a eles............

Ainda com a mão esquerda pousada no ombro do rapaz, Ela, com a mão direita ornada com outro bracelete de ouro, fez um movimento circular no ar. De suas mãos saíram um pó dourado, um pó que trazia uma luz própria como o mais puro ouro. E então tudo que era caos virou paz, tudo que era violento, ficou terno, tudo mudou. O tempo parou. As paredes internas do imenso furacão pararam, como se esperassem por mais uma lufada de ar para continuar seu movimento, as pedras ficaram suspensas no ar, os destroços de casas e carros que eram arremessados do lado de fora ficaram suspensos, o enorme ônibus que foi arremessado para dentro, parou, e ficou suspenso.

Paz e silencio.

Ele, ainda com os músculos retesados devido a situação moveu somente o pescoço, para olhara para ela. Que retribuiu o olhar e sorriu. Os olhos amarelos e faiscantes dela transmitiam paz que a muito naum sentia, os cabelos encaracolados pela primeira vez estava calmos e não bailavam ao sabor do vento. Sorriram. Ela recolheu a mão direita e a trouxe as lábios, beijou os dedos indicador e médio, então empurrou o beijo com um sopro em direção o ônibus.

E o cenário caótico ganho vida novamente recomeçou! O vento q movia e alimentava o gigante feito de pedras e areia estava novamente soprando, com fúria e devoção.O enorme ônibus prateado foi arremessado para longe dos dois.. . Os cabelos dela balançavam ao sabor do vento, bem mais calmo do que o do lado de fora do furacão. Ele ainda impressionado pelo poder dela, sorria sem graça. Então ela o beijou na testa.. como se beija um gato que se ama. Paz. Sorriu e levitou misteriosa através da parede de detritos e areia. A conversa havia terminando.. tinham resolvido os assuntos desta vida.

Sentindo se um pouco solitário e idiota, o homem de couro com ares felinos agachou e aplicou a tensão nessesaria nos músculos das pernas para mais um salto. Saltou. Atravessou a parede confusa de areia e detritos que formavam o corpo do furacão. Caiu no deserto em volta do gigante e correu.. sobre quatro patas, com velocidade que ser humano algum jamais provou... Seguiu para o Leste. Tinha coisas para conquistar. Bocas para beijar. Amores para amar. Velocidade e agressividade para ele tinham se tornado Vida... não reconhecia mais outra forma de.

O garotinho de moicano sentado na pedra ficou feliz ao ver o homem que corria como um Tigre Selvagem sair vivo de dentro daquele furacão. O garoto ficou em pe na pedra para poder ver o homem se perder no horizonte... A poeira... O sol escaldante... O garoto sorriu.

Enquanto sorria, seus tímpanos perceberam rápido que o som ao seu redor diminuía. Diminuía a medida que o gigante feito de ventos incontroláveis e areia perdia força e se desmantelava aos olhos do garoto. O furacão morria.

O gigante que habitará aquela terra por quarenta anos caiu, os ventos se desfizeram, as areias se acalmaram, o caos se tornou ordeiro.. então a areia voltou para seu lugar. As pedras sustentadas pelas grandes lufadas de ar, encontraram novos lugares.. e o Monstro se desfez.

O Garoto... Não conteve a emoção e correu, correu como uma pessoa normal correria, correu para casa avisar os pais que o Furacão havia se desfeito. Se desfeito sob seu olhos!

Ele tinha o coração na boca.

sábado, 19 de maio de 2007

Reflexão


Ele estava em pe no telhado do igreja mais alta da cidade. Observava as luzes la em baixo, a luz, a fumaça q se fazia com sua respiração. Tirou do bolso interno do casaco de couro preto um cantil com whisky e o levou a boca. O liquido desceu quente por seu peito trazendo uma agradável sensação.

Ainda com o cantil na mão esquerda, deu dois passos firmes e saltou em direção a torre norte da igreja. A vinte metros sem esforço. A mão direita segurou firme na cruz de bronze e com a direita tragou mais um gole.

Pensou. O moicano farfalhava no vento gelado. Não chegava a conclusão alguma. So que lhe fazia bem como a muito tempo não estivera. Estava bem.Ja havia estado bem nas mãos, ou seriam garras?, dela. Tinha poder, tinha fogo e veneno.. doce veneno como o mais doce dos pecados. Tinha vontade de se entregar e naum sabia como.... Ele nunca soube como fazer.... Somente acontecia.

O bronze gelado da cruz vibrou com uma leve pancada em seu torpo. O Tigre dentro dele despertou, mas não para uma ameaça, as narinas detectaram o cheiro familiar antes que seus olhos vissem a ruiva vestida de roupas escuras como as deles. Ela sorriu. Ele sorriu. Ele naum pensaria mais.

Ele nem queria mesmo!